sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

DNIT OUVE O CLAMOR DA SOCIEDADE E COMEÇA SERVIÇO DE RECUPERAÇÃO DE ATOLEIRO NA BR 163.

                    
Inaugurada em 1973, a Rodovia Cuiabá Santarém atravessa a Amazônia brasileira de Norte a Sul numa região com grande potencial econômico e enorme diversidade biológica e social. 
A BR-163 foi concebida como parte do programa da ditadura para integrar a Amazônia ao território brasileiro, no final dos anos 60 e início dos 70. São 1.780 quilômetros de estrada atravessando uma das regiões mais ricas da Amazônia e do País em recursos naturais, potencial econômico, diversidade étnica e cultural. O governo destinou, na época, lotes de terras para assentamento de colonos e pequenos produtores vindos de outras regiões do Brasil, além de oferecer incentivos – inclusive financeiros – para estimular a ocupação humana na região. Um dos objetivos oficiais era o aproveitamento dos grandes depósitos minerais, principalmente o ouro, abundantes na região.  Com o corte nos subsídios na década de 80 e a não-pavimentação do trecho paraense da estrada, muitas famílias abandonaram a área. Aqueles que permaneceram, depois de enfrentar grandes dificuldades, passaram a se beneficiar da falta de governança na região. Nos anos 90, a manutenção periódica da BR-163 foi praticamente paralisada, levando à degradação da rodovia.
Em 2004, o Governo brasileiro criou um Grupo Interministerial com o ambicioso objetivo de apresentar uma proposta para a pavimentação da BR-163 com o “mínimo impacto possível”. O plano – batizado de “BR-163 Sustentável” – foi lançado em Março de 2005, e teve a participação de várias ONGs e movimentos sociais.
O Governo Federal acredita que o “Plano BR-163 Sustentável” pode ser um marco histórico de um novo modelo que alie desenvolvimento econômico à justiça social e proteção ambiental. Mas isso não é possível sem a presença do poder público permanente e eficaz, uma vez que o DNIT se concentrou apenas em cuidar dos trechos da Rodovia em que esta sendo construindo o asfalto, deixando assim no esquecimento os trechos onde ainda não foi pavimentado, um exemplo e o que aconteceu no município de Trairão, entre a Comunidade do Santa Luzia e Caracol, onde passageiros  e motoristas passaram quase dez dias isolados devido os atoleiros provocados com as fortes chuvas que cai nesse período na região.
Depois da reivindicação popular, das manifestações nas redes sócias, da intervenção de políticos, das postagens do Blog TRAIRAO EM DESTAQUE que foram publicadas em dezenas de outros, o DNIT se manifestou e só então as empresas CBEMI, CCM responsáveis pelo asfaltamento da BR juntamente com o oitavo BEC, foram acionadas e hoje se encontram no local  onde filas quilométricas se formaram nesses quase dez dias de paralização do transito na BR, a policia militar também se fez presente auxiliando, organizando e facilitando os trabalhos das máquinas que estão nivelando e jogando pedras nos atoleiros. A Defesa Civil Municipal de Trairão, juntamente com o comando do BEC e representantes das empresas distribuíram água e alimentos para os motoristas e passageiros que já estavam passando fome devido a quantidade de dias isolados, ficou visível a alegria de todos com a chegada das maquinas para a recuperação e liberação do transito no trecho em questão, era a solução de um problema que tem tudo para voltar a se repetir caso o DNIT não deixe máquinas dando manutenção na BR nos trechos ainda não pavimentados. 
POR VALDINEI CORDEIRO.

















 

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