Pará é o estado brasileiro que receberá mais
médicos cubanos
O Pará será o estado brasileiro que
receberá o maior número de médicos cubanos, de acordo com a Secretaria de Estado
de Saúde do Pará (Sespa). Ao
todo, 62 profissionais de Cuba vão
atuar em 27 municípios e dois distritos sanitários especiais
indígenas.
A informação foi repassada, nesta
terça-feira (3), ao secretário de Estado de Saúde Pública, Helio Franco, pela
vice-ministra da Saúde de Cuba, Márcia Ruiz, em reunião no gabinete da
Sespa.
A previsão é que os médicos cheguem ao
Pará dia 16 de setembro, e imediatamente sigam para os municípios onde vão
trabalhar, na atenção primária. Dos 27 municípios paraenses que receberão esses
profissionais, doze estão na região do Marajó.
Os profissionais de saúde integram o
programa Mais Médicos, e vieram trabalhar no Brasil após acordo do Ministério da
Saúde com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).
Distribuição
Segundo o Ministério da Saúde, os municípios que receberão os médicos cubanos
são: Afuá(dois), Alenquer (dois), Anajás (dois), Anapu (um), Aurora do Pará (dois), Aveiro (dois),Bagre (dois), Cachoeira do Arari (dois), Curralinho (dois), Curuá (dois), Faro (dois),Floresta do Araguaia (quatro), Garrafão do Norte (dois), Gurupá (dois), Limoeiro do Ajuru(dois), Melgaço (dois), Monte Alegre (dois), Muaná (dois), Nova Esperança do Piriá (dois),Novo Repartimento (dois), Pacajá (dois), Ponta de Pedras (dois), Portel (dois), Rurópolis(três), Santa Cruz do Arari (dois), São Sebastião da Boa Vista (dois) e Tracuateua (dois), além dos distritos sanitários
especiais indígenas de Altamira (três) e Itaituba (três).
O secretário perguntou à vice-ministra
qual a maior dificuldade enfrentada pelos cubanos para atuarem aqui. Ela
respondeu que não há problemas, porque todos eles já estiveram em outras
missões, e 49% já atuaram em mais dois países. Os lugares em que enfrentaram
mais dificuldade foram África e Haiti. Márcia expôs preocupação apenas com a
receptividade que será dada aos médicos cubanos, para evitar o que ocorreu em
Fortaleza, onde os profissionais cubanos foram
hostilizados.
O assessor técnico do Colegiado de
Secretários Municipais de Saúde (Cosems), Ed Wilson, garantiu que os gestores
municipais já estão organizados para receber e acolher os profissionais da
melhor forma possível, desde o aeroporto. Ele disse ainda que os prefeitos e
secretários estão muito felizes com a iniciativa e adiantou que os médicos
cubanos que vão para os doze municípios do Marajó representarão um aumento de
100% na cobertura da ESF na região.
A reunião também teve a participação da
diretora de Políticas de Atenção Integral à Saúde, Dione Cunha, da coordenadora
de Educação na Saúde, Sônia Bahia, e de representantes da Associação dos
Municípios do Arquipélago do Marajó (Amam).
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